Cores e iluminação
- Alexandre Gama
- 23 de nov. de 2015
- 3 min de leitura

Além de todos os outros sentidos, o da visão é bastante importante no que diz respeito à avaliação que fazemos de um determinado ambiente. Sempre que chegamos a um espaço, mesmo de uma forma inconsciente, estamos a avaliá-lo, e só depois conseguimos relaxar e tirar partido do conforto que o espaço nos proporciona, ou não.
Quando falo do sentido da visão tenho, obrigatoriamente, de falar sobre as diferentes cores e o tipo de iluminação que utilizamos em diferentes ambientes ou situações. Assim, diferentes cores provocam diferentes sensações. Temos umas que acalmam e que promovem a tranquilidade, como os tons suaves, e temos outras que realçam em demasia a energia e que promovem uma maior dinâmica.
Em busca do equilíbrio
Procurando sempre o equilíbrio através do yin e do yang, temos cores quentes ou frias, zonas iluminadas ou escuras, e que se classificam entre as mais ‘yangs’ (a cor branca e a iluminação mais intensa – que promovem ambientes mais dinâmicos e mexidos) e as mais ‘yins’ (a cor negra e a sombra – que promovem ambientes mais estagnados, depressivos e tristes).
Diferentes cores para diferentes ambientes
A cor não é mais nem menos que a representação de um padrão de energia num determinado estado vibratório. As setes cores do arco-íris são setes classes principais desses estados vibratórios que correspondem também às sete notas musicais. Ou seja, as diferentes cores são apenas diferentes manifestações energéticas. Além disso, através dos diferentes pontos cardeais, e segundo o estudo de várias características (direção e intensidade da luz solar, ambiente mais fresco ou mais quente, ambiente exterior ou ambiente interior, se é vivido de dia ou de noite, qual a sua função do espaço, se é para descanso ou trabalho ou zona de refeições, etc.), podemos propor diferentes cores para os diferentes ambientes:
Os verdes e os azuis estão associados aos ambientes frescos e estimulantes que usufruem da luz da manhã;
Os vermelhos e os laranjas são mais quentes e promovem os ambientes dinâmicos e divertidos;
Os tons pastel promovem o conforto e o bem-estar;
Os violetas e os tons púrpura e lilás ativam a paixão e o destaque;
As cores metalizadas, assim como, os cinzentos e os brancos promovem ambientes muito formais.
Quanto à iluminação, temos de a ajustar e adequar a cada situação e através dela conseguimos trabalhar a vida de um espaço e a de quem o utiliza, através do conforto e da sensação de bem-estar. Como já falado anteriormente, um espaço pouco iluminado, sombrio e escuro contribui para um ambiente frio e húmido e provoca uma sensação de estagnação, levando à tristeza e à passividade. Um espaço com iluminação em excesso, favorece o calor e a atividade excessiva provoca uma sensação de agitação e leva facilmente a estados de stress e irritabilidade. Um espaço bem iluminado é aquele que cumpre com as necessidades de quem o utiliza e, para isso, podemos utilizar diferentes técnicas:
Focos de luz vertical, no sentido de baixo para cima, ajudam a ter um ambiente de energia progressista, moderna e aventureira;
Feixes de luz encaminhados em variadas direções (exemplo da bola de espelhos ou vidro multifacetado) ajudam a um ambiente activo e dinâmico;
Luzes baixas, com abajures, promovem ambientes calmos e confortáveis;
Luzes que limitam espaços, como acontece no caso de candeeiros de secretária e na iluminação de nichos ou peças de arte, orientam e guiam a atenção das pessoas;
Uma iluminação difusa, tipo manchado de luz e sombra ou reflexos de vidro ou água, ajuda a um ambiente tranquilo e relaxante.
Dicas para tornar o seu espaço mais confortável
Num espaço, numa casa, tal como na vida devemos ter um pouco de tudo, uma zona confortável, outra dinâmica, outra mais formal, outra tranquila. Penso que o mais sensato será utilizar tons mais leves nas paredes e utilizar mais cor nos adereços, permitindo assim mais dinâmica e mais facilidade em ajustar os espaços às nossas necessidades. Quanto à iluminação devemos preferir a natural, e para isso devemos escolher espaços soalheiros que podem depois ser protegidos com toldos ou estores sempre que nos apetece mais sombra. Depois, para ambientes mais interiores, ou de noite, podemos utilizar a iluminação artificial fazendo jogos de luz e sombra que se adequem à utilização de cada espaço.
Por Alexandre Gama
Consultor de Feng Shui
www.alexandregama.com
ag@alexandregama.com
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