Mude o seu discurso e transforme a sua vida!
- Teresa Sousa
- 23 de out. de 2015
- 3 min de leitura

A linguagem que utilizamos, seja ela verbal ou não verbal, tem como principal objetivo a comunicação. É através da linguagem que criamos, mantemos e reforçamos as nossas relações, transmitimos e partilhamos ideias, pensamentos, reflectimos o nosso modo de estar, pensar e agir perante os acontecimentos da vida.
As palavras e frases que utilizamos, além de extensões do nosso pensamento, são verdadeiros alicerces com os quais vamos construindo a nossa vida! Com elas, damos voz e empreendemos acções na direção da concretização dos nossos sonhos e da implementação das mudanças pretendidas.
Linguagem precisa e clara
«Diz-me como falas, dir-te-ei que resultados podes obter!» Será assim?
Na realidade, a linguagem que utilizamos é responsável pelos resultados que obtemos no decurso da nossa vida. Quanto mais precisa, positiva e clara a mesma for, melhor será a comunicação e o seu resultado. Na maior parte do tempo, achamos tão natural e ‘banal’ o ato de comunicarmos, que o fazemos sem prestarmos atenção às palavras e frases que utilizamos. Fazemo-lo de um modo automático e num registo a que já estamos habituados. É vulgar recomendarmos aos nossos filhos: «Não mexas nos documentos da mãe!»; «Não subas para as escadas a correr!». Frequentemente, afirmamos para connosco e/ou para com os outros, situações do tipo: «Não quero trabalhar mais até tão tarde»; «Não te esqueças do aniversário do Luís». O que acontece em todas estas situações? Exatamente ‘mais’ do comportamento que pretendemos evitar! O nosso cérebro não entende a negação e assim, ignora a palavra ‘não’, preparando-se, focando-se para executar o que vem a seguir a esta. Em diversas situações, no discurso para connosco e para com os outros, utilizamos expressões como: «Vou tentar»; «Vou procurar»; «Provavelmente»; «Acho que». Na realidade, quando as utilizamos, somos de imediato condicionados por estas, pois além de ecoarem em nós sob a forma de um sentimento de insegurança, são-nos devolvidas, sob a mesma forma, no feedback inerente ao processo de comunicação. De cada vez que o fazemos afastamo-nos daquilo que são os nossos objetivos.
A linguagem negativa
O uso de uma linguagem negativa contribui para que, inconscientemente, nos foquemos nos problemas ao invés de nos focarmos nas soluções e que em vez de nos sentirmos motivados para a acção, nos sintamos inseguros, insatisfeitos, preocupados, desatentos e vulneráveis aos obstáculos. Esteja atento ao que diz e ao modo como diz! Adote uma linguagem positiva e clara! Utilize palavras, frases que expressem exatamente o que pretende alcançar, despertem sentimentos positivos, motivem para ação e contribuam para uma comunicação eficaz. Qual seria o resultado que obteria se na comunicação com os seus filhos ao invés das recomendações referidas, utilizasse as seguintes: «Maria, tens aqui as tuas peças de Lego para brincares»; «Pedro, sobe as escadas devagar»? E se as afirmações para consigo e/ou para com os outros, se transformassem em: «Quero passar a gerir melhor o meu tempo de trabalho»; «Lembra-te que hoje é o aniversário do Luís»? A sua atenção, a sua mente, o seu discurso e as suas ações, estariam focados para o que na realidade pretendia que acontecesse. Os resultados? Aqueles que na realidade desejara e planeara!
Mude o seu discurso e obtenha os resultados que deseja!
Comece a ouvir o que diz;
Esteja atento às palavras e expressões que utiliza. Se necessário, grave as suas intervenções em apresentações, para que mais tarde as possa ouvir;
Sempre que se aperceber que está a utilizar palavras ou expressões negativas e limitadoras, substitua-as por outras;
Treine a utilização de um discurso positivo que reflita uma imagem coerente e confiante de si próprio;
Certifique-se que as suas palavras e o seu discurso traduzem exactamente o que pretende alcançar;
Substitua no seu discurso expressões impositivas do tipo «tenho que», por expressões afirmativas (quero, pretendo, decido, escolho...), que traduzam claramente a sua vontade e o motivem para a ação;
Retire o ‘mas’ das suas afirmações. Descredibiliza as mesmas e induz a interpretações dúbias;
Esteja atento ao discurso dos outros e afaste-se de pessoas que utilizam predominantemente um discurso negativo;
Retire exemplos e relatos de experiências negativas do seu discurso.
Por Teresa Sousa
Coach, Psicóloga
Consultora/Formadora na Área Comportamental e de Recursos Humanos
Associada da Apcoaching
www.coachingmais.com
teresa.sousa@coachingmais.com
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